quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Saga adaptação do GNV - Parte 2/3

Como vocês viram no primeiro post desta saga, a instalação do GNV não foi bem feita. O carburador já não servia pra muita coisa, tive que troca-lo e resolvi adaptar o gás sem furar o mesmo, que é o tema da parte 2 da nossa saga do GNV.

Após muita pesquisa pela internet e consulta a outras pessoas que possuiam GNV (agradecimento especial ao Edson Vissotto) cheguei a conclusão de como fazer esta adaptação. Em resumo: atravessar o tubo do GNV pela parte inferior da tampa e colocar sua saída na entrada de ar do carburador.

Levei a uma oficina que afirmava já ter feito adaptação similar em vários nivas e o resultado que chegou a mim foi péssimo! Quando foram me entregar o carro, ele não ligava no GNV de forma alguma e foi necessário tampar a entrada do filtro de ar para que ele funcionasse direito. Diagnóstico: mistura pobre (muito ar e pouco combustível) causada pela montagem do sistema, por isso foi restringida a entrada de ar. Descreverei a seguir os problemas encontrados:

Em primeiro lugar temos a redução das medidas do tubo de GNV (veja nas fotos), na saída da bifurcação após o redutor temos um diâmetro interno de +/- 11,5 mm e na saída que esta no carburador temos um tubo de 5/16" que tem o seu diâmetro externo de 7,93 mm. Observem que o diametro externo incluí as paredes do tubo e o diâmetro interno, que é o caminho do gás, é menor que isso. Não vou exigir do mecânico complexos cálculos de mecânica de fluídos, porém desejo que ele tenha o mínimo de bom senso, o que não teve. Qualquer um sabe que se reduzir o tamanho de uma mangueira, tubo ou similar, passará menos fluído.

O segundo problema que houve, potencializou o primeiro. Além de terem reduzido o tubo, também amassaram (estrangulamento) o mesmo em vários pontos durante a dobra, reduzindo ainda mais a vazão. É fácil perceber como o estrangulamento afeta a vazão, peguem uma mangueira de água e dobrem, perceberão o que acontece.

Antes de prosseguir com as fotos, vou aproveitar para mencionar dois outros típicos problemas encontrados em GNV. Não foram o meu caso, mas vale ressalta-los.
  1. Redutor de pressão inadequado: os redutores são feitos pra trabalhar com determinadas potencias de motor, nem sempre um redutor de um motor 1.0 vai servir em um motor 2.0.
  2. Congelamento do redutor: o redutor sempre tem uma resitência elétrica ou uma ligação para a água que vem do radiador. Quando o gás reduz a sua pressão (função do redutor) ele diminui de temperatura, por isso é importante aquece-lo, pra não congelar. Em países tropicais isso não costuma impedir o funcionamento do sistema, porém reduz a vida útil da peça e o seu rendimento.


Paquimetro medindo o diâmetro interno da saída do GNV próxima ao redutor.


Várias reduções do diâmetro, não é fácil manter a vazão de gás desta maneira. Percebam na foto o tamanho da mangueira inical do GNV e o tubo de gás que chega no carburador, que diferença.


Pontos de estrangulamento (e não indiquei todos) do sistema, fácil entender e perceber o problema.


Tubos na entrada de ar do carburador, pelo menos o local certo da entrada eles encontraram.


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